domingo, 30 de dezembro de 2012

CONHECENDO MELHOR NOSSOS PROFESSORES

EUGÊNIA ALMEIDA SIQUEIRA


Eugênia Almeida Siqueira é natural de São Cristovão- Se, graduada em letras- português e pós- graduada por duas vezes. Paricipou de vários eventos literários no Brasil. Premiada pela UFS com a obra"Pergaminhos Contemporâneos" e pela Rede de televisão Manchete com a poesia "Sol de Verso". Trabalhou em várias escolas da rede particular e atualmente exerce sua profissão na rede pública de Ensino Médio e também do PRE- SEED. É uma apaixonada pela literatura e música Brasileira.  No colégio Estadual Tobias Barreto coordenou em parceria com professores de português e o professor de matemática joselito, a segunda feira Literária. Evento, inclusive , de grande aprendizado para os alunos e para todos que tiveram a oportunidade de assistir.


ALGUMAS POESIAS DE EUGÊNIA ALMEIDA


TEMPESTADE

Era verão
Inverno, talvez.
Acordei com a sensação de tempestade
Fui à janela
O tempo parecia calmo
Estrelas e nuvens
brincavam livremente
no céu.
A natureza se confudira
Me confundi
Certamente.
Soubesse eu que aquela
tempestade prenunciada
não seria no firmamento
Mas em meu coração
Separação...
As estrelas se apagaram
Todas
Um misto de silêncio e escuridão
Invadiram-me.
Um grito alucinado
soou feito uivo de bicho
ferido
Sem saída clamei aos céus
Por que?
Naquele instante
Vida e morte riram-se
de mim
Uma dor gélidarasgou
meu peito
E eu
Eu vomitei
Então o que sobrara
de Deus
em mim.


LIÇÕES DE AMOR

Encontrei um dia o amor
E com ele aprendi
a ouvir a música do mar
a entender o que se vai além
dos sentidos das palavras.
Aprendi a cantar a fé
A rir das perdas e chorar
a felicidade conquistada.
Aprendi que embora triste
deveria acreditar que
há sempre um sol
por traz da nuvem escura
Aprendi a enxergar a luz
num quarto escuro
sem porta de saída
Conhecer a liberdade
vivendo na prisão
Aprendi que a rua é a vida jogada fora
E que as vezes é preciso amar
o que não se domina
Aprendi que não há distância
que não se alcance
Aprendi de tudo um pouco
Mas dentre as lições
que vivi
uma só esquecestes de me ensinar
Que um dia eu teria
de aprender a
esquecer
de te amar.


AGOSTO

Passaram-se enfim as chuvas
de agosto
Levando com elas
tudo
Tudo que acreditei ter umdia
conquistado
Ficou o olhar perdido no infinito
A dor
de ter desviado
o rumo
os sonhos
Perdi o que acreditava imperdível
Pura ilusão!..
Restou-me um coração
ferido
Contraído entre lágrimas
de desilusão
Foram-se finalmente
os ventos do agosto
terríveis,
por dentro da noite
Acordei...
Meu corpo inteiro tremia
de solidão.

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